Estudo Bíblico: As Últimas Instruções de Jesus aos Discípulos em João 13:31-38
Em João 13:31-38, encontramos um momento crucial no ministério de Jesus, onde Ele dá suas últimas instruções aos discípulos antes de sua prisão e crucificação. Esse trecho é rico em significado e oferece ensinamentos profundos sobre amor, lealdade e sacrifício. Jesus sabia que seu tempo na Terra estava chegando ao fim e queria preparar seus discípulos para o que estava por vir.
Neste estudo, vamos analisar versículo por versículo para entender melhor o que Jesus estava comunicando aos seus seguidores e como esses ensinamentos se aplicam às nossas vidas hoje. Acompanhe-nos nesta jornada de reflexão e aprendizagem sobre as últimas palavras de Jesus antes de sua paixão.
João 13:31: “Então, quando ele saiu, disse Jesus: Agora é glorificado o Filho do homem, e Deus é glorificado nele.”
Jesus faz essa declaração após Judas sair para traí-lo. A “glorificação” que Jesus menciona se refere à sua crucificação, ressurreição e ascensão. Esse é o momento culminante em que o plano de Deus para a redenção da humanidade será cumprido. Em Filipenses 2:9-11, Paulo também fala sobre essa glorificação, ressaltando que Deus exaltou Jesus e lhe deu um nome que está acima de todo nome.
João 13:32: “Se Deus é glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e logo o há de glorificar.”
Aqui, Jesus reafirma que sua morte não apenas glorifica a Deus, mas que Deus também glorificará Jesus através da ressurreição e da exaltação à destra do Pai. Este versículo destaca a interdependência da glorificação entre o Pai e o Filho, mostrando a unidade na Trindade.
João 13:33: “Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco; vós me buscareis, e, como eu disse aos judeus, para onde eu vou, não podeis vós ir; eu vo-lo digo também agora.”
Jesus usa um termo carinhoso “filhinhos” para preparar seus discípulos para sua partida iminente. Ele reitera que, assim como havia dito aos líderes judeus, os discípulos não poderiam segui-lo imediatamente para o lugar onde Ele iria – o céu. Em João 7:34, Jesus havia dito algo semelhante aos fariseus, indicando que sua ascensão ao céu era um evento reservado para um tempo futuro.
João 13:34: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.”
Este é o coração das instruções finais de Jesus: o mandamento do amor. Este amor deve ser um reflexo do amor sacrificial que Jesus demonstrou. Em 1 João 3:16, vemos que amar uns aos outros como Jesus nos amou envolve estar disposto a dar a vida pelos irmãos.
João 13:35: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.”
Jesus enfatiza que o amor mútuo entre os discípulos será a marca distintiva de seus seguidores. Esse amor é um testemunho poderoso para o mundo, mostrando a realidade do evangelho. Em João 15:12-13, Jesus reforça essa ideia, destacando que o amor entre os discípulos é um reflexo direto do amor Dele por nós.
João 13:36: “Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, para onde vais? Jesus lhe respondeu: Para onde eu vou, não podes agora seguir-me, mas depois me seguirás.”
Pedro, sempre impetuoso, quer saber para onde Jesus está indo. Jesus explica que Pedro não pode segui-lo agora, mas que o seguirá depois, referindo-se à sua própria morte e à entrada no reino dos céus. Em João 21:18-19, Jesus profetiza especificamente sobre o tipo de morte que Pedro enfrentaria, indicando que ele, eventualmente, seguiria Jesus até a morte.
João 13:37: “Disse-lhe Pedro: Por que não posso seguir-te agora? Por ti darei a minha vida.”
Pedro declara sua lealdade e disposição para morrer por Jesus. No entanto, ele ainda não compreende completamente o sacrifício que isso implicará. Essa declaração mostra a sinceridade de Pedro, mas também sua falta de entendimento do que estava prestes a acontecer.
João 13:38: “Respondeu-lhe Jesus: Tu darás a tua vida por mim? Em verdade, em verdade te digo que não cantará o galo enquanto me não tiveres negado três vezes.”
Jesus prediz a negação de Pedro, mostrando que, apesar de sua declaração de lealdade, ele falharia em um momento crucial. Isso serve como um lembrete da fragilidade humana e da necessidade de depender da graça e força de Deus. Após a ressurreição, Jesus restauraria Pedro, como vemos em João 21:15-19, demonstrando que há perdão e restauração para todos que falham.
Conclusão
Através dos versículos de João 13:31-38, vemos um retrato claro das últimas instruções de Jesus a seus discípulos. Jesus estava preparando-os para sua ausência física e ressaltando a importância do amor e da unidade entre eles.
Primeiramente, Jesus fala sobre a glorificação que viria através de sua morte e ressurreição, mostrando que mesmo os momentos mais sombrios têm propósito e trazem glória a Deus. Ele quer que seus seguidores entendam que a verdadeira glória está em cumprir a vontade do Pai.
Em segundo lugar, Jesus introduz o novo mandamento do amor. Este mandamento é a base de toda a vida cristã. Amar como Jesus nos amou é um chamado a viver sacrificialmente e com compaixão, refletindo o caráter de Cristo em todas as nossas interações.
Por fim, Jesus aborda a realidade da falibilidade humana através da predição da negação de Pedro. Ele nos ensina que, mesmo quando falhamos, há sempre uma oportunidade de arrependimento e restauração. A graça de Deus é suficiente para nos restaurar e nos fortalecer.
Essas últimas instruções de Jesus são um chamado para todos os seus discípulos, ontem e hoje, a viverem em amor, a buscarem a glória de Deus em suas vidas e a confiarem na graça redentora de Cristo.
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Written by : Ministério Veredas Do IDE
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outubro 12, 2024